Judeus Sefarditas
Obra: Raízes Judaicas no Brasil – O Arquivo secreto da Inquisição
Flávio Mendes de Carvalho
Flávio Mendes de Carvalho
A perseguição dos Judeus pela Inquisição Católica
Parte 3
Judeus do nordeste brasileiro fretam dezesseis navios e
partem com suas famílias de Pernambuco em 1654. Uma das naus desembarca seus
judeus em Belém, dando início a uma das mais antigas comunidades judaicas do
Brasil, que se estendeu por Manaus e diversas cidades da bacia amazônica.
Algumas famílias substituem seus sobrenomes portugueses por sobrenomes
hebraicos, a exemplo a família Israel de Manaus. Duas destas naus vão lançar as
raízes da primeira comunidade judaica norte-americana no lugarejo denominado
Nova Amsterdã, hoje Nova York. Outras naus vão semeando comunidades judaicas
por todo o Caribe e América Central.
Acredita-se
que grande parte dos Bucaneros, audazes corsários do Caribe, eram rebeldes
judeus em secreta luta contra Espanha e Portugal.
Judeus
portugueses fundam as comunidades sefardim do sul da França como em Baiona,
Bordéus, Biarritz, San Jean de Lux, Bidart, Tartas, onde os sobrenomes Furtado,
Fonséque, Carvaillo, Nunes, Loupésses ( Lopes, sobrenome da mãe de Montaigne,
que era judia) Frois, Silva, Rodrigues, Mendés, Dacosta, Gommés, Pereira,
Sequerra, Brandon, denunciam, incontestavelmente a origem portuguesa.
Na
Inglaterra, encontramos já nos primeiros anos do século XVI, morando em
Londres, as famílias judaicas Costa, Lopes, Álvares, Mendes, Martins (
Abravanel ), Rebello ( Robles ), entre outras. Os primeiros judeus reconhecidos
como cidadãos britânicos são, em 1655, Antônio Fernandes Carvalhal e seus dois
filhos.
O
tribunal da Inquisição Católica era uma macro-estrutura jurídico-religiosa
formada quase que totalmente por padres, bispos, demais clérigos e “cristãos”
de “absoluta pureza de sangue”. Em nome da Religião Católica Romana cometia os
mais vis crimes e hediondas perseguições, levando a seus cárceres famílias
inteiras de “forçados” por várias gerações. Tinha prédios próprios, construídos
especialmente para seu fim contando com salas de recepção, salas de audiência,
residências para os inquisidores e demais funcionários, cárceres, salas de
torturas, geralmente subterrâneos com o teto
em abóbada, para melhor sufocar os gritos de terror e dor de suas milhares de
vítimas; a sala do secreto, verdadeiro cofre forte, com sua porta possuindo
três chaves distintas, ficando cada uma na posse de autoridades diferentes, só
podendo ser aberta na presença dos três e do inquisidor, onde eram guardados,
entre outros papéis “de segredo” os processos de cada réu e as LISTAS DOS AUTOS
DA FÉ, com os nomes e outros dados de todos os sentenciados. Oficialmente o
tribunal da Inquisição começou a funcionar em Portugal em 1536, durante o reinado
de Dom João III, que obsessivamente buscou trazer esta flageladora instituição
para seu reino, o que conseguiu através da bula do papa Paulo III. É certo que,
anteriormente à implantação definitiva deste tribunal, muitos judeus
portugueses já teriam sido executados e queimados por visitadores, desde o
século XII.
Ao fim do processo, que
geralmente levava anos, o acusado poderia ser dado como inocente, o que era
raro. Dos seus bens confiscados abatia-se o valor necessário para cobrir as
despesas processuais e a carceragem, só para mencionar a carceragem, ficavam
num cubículo de 4 metros quadrados de 3 a 4 prisioneiros, recebiam uma ração de
pão velho e somente a cada 8 dias recebiam sua ração de água limpa e era feita
a limpeza de seus excrementos. As penas variavam: cárcere e hábito a arbítrio, cárcere e hábito perpétuo com ou
sem remissão, insígnias de fogo, galés, degredo para o Brasil e colônias
africanas, carocha, mordaça, açoites, excomunhão, penitências e a pena máxima
ou relaxamento à justiça secular, o que hipocritamente significava fogueira
para os vivos ou mortos. Aos queimados em vida a sentença era: “Relaxados em
carne”. Aos que morriam nas torturas ou nos intermináveis padecimentos dos
cárceres, desenterravam os ossos e com efígie em estátua. O mesmo ocorria com
os que fugiam, eram queimados simbolicamente em praça pública. Para escapar do
destino da fogueira, os condenados deveriam em praça pública perante todo o
rebanho da igreja, no auto-da-fé, negar a sua fé judaica. É importante
esclarecer que também eram apresentados nestas cerimônias, apesar de poucos, os
condenados por outras heresias de fé como várias modalidades de protestantismo,
islamismo e feitiçarias, além das heresias morais, como homossexualismo,
bigamia, desrespeito ao celibato e conspirações contra a Inquisição. E na
realidade quase que todos os bens confiscados foi para nas mãos do Clero, ora
alegando dificuldades financeiras, ora exigindo cobertura das despesas
processuais e da manutenção dos réus na prisão.
O golpe mortal na Inquisição
portuguesa foi dado em 1774, quando o Marquês de Pombal transformou o tribunal
do “santo ofício” em um tribunal régio comum. Formalmente, o “santo ofício” só
foi extinto em Portugal através do decreto de 31.03.1821.
Amanhã postarei sobre os instrumentos de tortura utilizados pela Inquisição.
TUDO BOBAGEM TENHO SOBRENOME MEDEZ,LOPES,TEIXEIRA,FONSECA TAVARES,SOUZA GOMES DINIZ, E NAO PROVAM NADA
ResponderExcluirmas ninguém aqui ta querendo provar nada! Se alguém quer saber sua origem que comece a peregrinação nos cartórios estudando sua árvore genealógica.
ExcluirTenho Silva-Paula- Santos e Klein em meu sangue.
ResponderExcluirEu sou judeu e meu sobrenome e Oliveira dos santos
ResponderExcluirEu sou joseiltion Sousa da Silva
ResponderExcluirMeu nome é Washington de Oliveira Araújo descobri através de estudos que os costumes que meu pai me ensinava são judaico. Como sei que existe um exame de DNA que descobri através do codigo genetico se temos ou não essa linhagem, como faço esse exame?
ResponderExcluirMeu nome wilson rocha rabelo
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