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quarta-feira, 25 de julho de 2012


Significado das cores nos escudos (brasões)

O
s Esmaltes são as cores usadas na heráldica, embora haja certos padrões, chamados peles, e representações de figuras em suas cores naturais, ou da sua cor (distintas das cores representáveis), que também são tratados como esmaltes. Como a heráldica é, em sua essência, um sistema de identificação, a convenção heráldica mais importante é a regra da contrariedade das cores em prol do contraste e da visibilidade, metais (que geralmente são esmaltes mais claros) nunca devem ser postos sobre metais, e cores (que geralmente são esmaltes mais escuros) nunca devem ser postos sobre cores. Quando uma figura sobrepõe uma parte do fundo do escudo, a regra não se aplica. Há também outras exceções — sendo a mais famosa a das armas do Reino de Jerusalém, que consistem numa cruz de ouro em fundo prata
Os nomes usados na brasonaria lusófona para as cores e metais provêm principalmente do francês. Os mais comuns são Jalde ou Or (ouro ou amarelo), Argente (prata, branco ou cinza claro), Blau ou Azure (azul), Gules (vermelho), Sable (preto), Sinopla, Sinople ou Vert (verde) e Purpure (púrpura). Outras cores são utilizadas ocasionalmente, normalmente para finalidades especiais.
Certos padrões chamados peles podem aparecer num brasão, e são (de modo um tanto arbitrário) classificados como esmaltes. As duas peles comuns são o Arminho e o Veiro. O Arminho representa a pelagem hibernal do arminho (branca com a cauda preta). O veiro representa um tipo de esquilo que tem o dorso azulado e o ventre branco. Costuradas lado a lado, formam um padrão alternado de formas azuis e brancas.
Figuras heráldicas podem ser representadas em suas cores naturais. Muitos objetos da natureza, como plantas e animais, são descritos como de sua cor neste caso. Figuras de sua própria cor são muito freqüentes como timbres e suportes. O abuso do esmalte de sua cor é visto como uma prática viciosa e decadente.
Na representação dos brasões de armas são utilizados dois tipos de metais, o ouro (amarelo) e a prata (branco ou cinza claro), e cinco tipos de esmaltes ou cores, vermelho, azul, verde, púrpura e negro. Os desenhos que representam o corpo humano podem usar suas cores naturais, esse termo é conhecido com carnação.   
O termo esmalte teve sua origem segundo alguns pesquisadores no hebraico hasmal, outros atribuem ao latim esmaltium, que se refere ao preparo de verniz vítreo com grande aderência, que era usado para evitar a oxidação de certos metais, especialmente o ferro.

O metal ouro ou Amarelo pode receber outros nomes, em determinadas circunstâncias: nos escudos dos reis passa a ser chamado de sol; nos brasões da nobreza em geral é chamado de topázio. Aqueles que têm este metal no seu escudo estavam obrigados, na idade média, a fazer bem aos pobres e a defender seus senhores, lutando por eles até o final das suas forças.


O metal prata, Branco ou Cinza, quando presente nas armas dos soberanos, recebe o nome de lua. A prata está associada com a inocência e pureza, e aqueles que a tinham em seu brasão estavam obrigados a defender as donzelas e a amparar os órfãos.

O metal vermelho é conhecido também como goles ou gules, recebendo este nome nas armarias da nobreza geral. Quando presente nos escudos dos príncipes passa a ser chamado de marte, enquanto nos brasões dos nobres titulados é chamado de rubi. Este esmalte é associado com o valor e a intrepidez e obrigava os seus portadores a socorrer os injustiçados e oprimidos.

O metal azul chama-se júpiter quando aplicado às armas reais, safira nas armas dos nobres titulados ou simplesmente azul nos escudos da nobreza em geral. Este esmalte significa nobreza, majestade, serenidade e os seus portadores estavam obrigados a fomentar a agricultura e também a socorrer os servidores despedidos injustamente ou que se encontrassem sem remuneração.

O metal verde é conhecido na heráldica como sinople, quando aplicado às armas da nobreza em geral. Para os príncipes e reis passa a ser chamado de Vênus, enquanto para a nobreza titulada é referenciado como esmeralda. Um brasão que continha este esmalte obrigava o seu portador a socorrer os lavradores em geral, assim como aos órfãos e pobres oprimidos.

O metal púrpuro significa dignidade, poder e soberania, e aqueles que a usavam em sua cota de armas deveria proteger os eclesiásticos e religiosos.

O metal preto é também chamado de sable nas armarias em geral, mudando o seu nome para saturno nas armas reais e para diamante nas armas da nobreza titulada. O sable está associado a ciência, a modéstia e a aflição. Aqueles que apresentavam esse esmalte em seus brasões estavam obrigados socorrer as viúvas, os órfãos e todas as pessoas dedicadas às letras. 

11 comentários:

  1. Que bela pesquisa! Gostaria de saber s o SR descobre o sentido (significado) de um sobrenome de origem espanhola, VIEITAS. A familia viveu em Trás-os-montes (portugal) e depois parte dela fez história no Brasil. Agradeço se puder me contactar. paola.vv@hotmail.com

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    1. Também sou Vieitas, gostaria de saber!! mivieitas@gmail.com
      Obrigada 😚

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  2. Boa Tarde

    Estou na busca da história da minha família, conhecer a origem e pessoas
    importantes que possam existir e também atrás do brasão!

    Vocês fazem este trabalho? E poderia me explicar a veracidade da pesquisa de vocês?

    Abraços,
    Thiago Resendes

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  3. Têm um brasão aqui em casa, mas não acho que seja da família se eu mandar foto vocês conseguem identificar para mim???

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  4. Gostaria de saber a origem do sobrenome Anunciação e se tem algum brasão

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  5. Estou pesquisando a origem e brasão da FAMÍLIA HELIODORO. Grata Silvia Araújo Motta-clubedalinguaport@gmail.com-celular 31. 99282798-whatsapp

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  6. Precisamos do BRASÃO DA FAMILIA HELIODORO, COM URGêNCIA- Grata Silvia Araújo Motta-BH-MG-Brasil-CONTATO: clubedalinguaport@gmail.com

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  7. Gostaria de saber a origem do sobrenome Ogna e seu brasão qual seria?

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